09 novembro 2004

Verão perdido

A vida dá muitas voltas, e as coisas que nós tanto desejamos e ambicionamos acontecem, não de uma forma planeada ou incessantemente estruturada, mas de uma forma súbita, inesperada, até mesmo surpreendente...
Todo aquele tempo a dizer que te amo, todas as palavras espelho do coração, toda a sinceridade conscientemente repetida... e no entanto, acabaste por romper com o entusiasmo vigente, roubando a magia, despoltando as lágrimas que por meses contagiaram a emoção... e porquê??
A incerteza da vida está presente a cada hora e, momento a momento, temos que tomar decisões... decisões por convicção, decisões por vontade, decisões por coração (por oposição à razão pura e dura). É o que eu faço, é o que todos fazemos enquanto humanos não inviesados!! E apesar disso, não foste capaz de o fazer naquela altura... por medo, por instabilidades, por influências... mas nunca por coração (agora nota-se).
Voltaste, fizeste sofrer e depois surgiste, arrependida e disponível (mais do que nunca)... e esperaste, expectante e quase sufocada, por minha decisão ainda sofrida... optei, porque te amo e acreditei, porque mereces sem o parecer, porque teus olhos são o não verbal do teu querer!
Hoje és tu que o dizes todos os dias... eu já só consigo senti-lo a cada instante, e só o digo quando é importante: "Amo-te, obrigado por estares aqui".